Pop Team Epic é bom, mas...
- Lámen Otaku
- 21 de jul.
- 3 min de leitura

Pop Team Epic é um anime de comédia aclamado por seu estilo nonsense. E ele é realmente bom — mas não é tudo isso.
*Os comentários aqui presentes são referentes à primeira temporada.
Bocas-sujas, mal-encaradas... e umas fofuras! Prepare-se pra conhecer Popuko e Pipimi, as estrelas de Pop Team Epic! Baseado na bizarra webcomic de Bkub Okawa, vem aí uma comédia que vai te pegar desprevenido com suas piadas nonsense e completamente absurdas. Vai encarar? Pense duas vezes, c**ão.
Com 12 episódios, Pop Team Epic segue uma das "duas" linhas possíveis para uma comédia: uma história linear ou episódica. O anime escolhe a segunda.
Particularmente, prefiro comédias lineares, como Gokushufudou ou Kaguya-sama, mas também aprecio animes de comédia episódica quando funcionam. Isso ocorre com Asobi Asobase, mas falha em Arakawa Under the Bridge.

Dou tanta importância a essa escolha logo no início do post porque ela afeta diretamente a percepção do anime. Em histórias episódicas — seja comédia ou não — é inevitável que certos episódios sejam melhores que outros. E isso já se refletiu no começo, com um primeiro episódio péssimo, que me causou uma má impressão. Felizmente, a série melhora depois.
Como "não há" um enredo contínuo, não tenho muito o que abordar nesse sentido. Então, serei mais direto: a ideia de personagens fofas com atitudes e linguagem mais grosseiras me lembrou duas coisas — um episódio específico de As Meninas Superpoderosas (porque, por algum motivo, elas me passam essa vibe) e o anime Gokudolls. Diferente deste último, onde isso funciona bem, em Pop Team Epic varia bastante.

Há histórias divertidas, mas também outras em que a Popuko, quando está irritada, se torna insuportável. Eu realmente não gostei dessa escolha.

Como o anime oscila muito, vou citar rapidamente momentos que gostei e que não gostei:
Entre os pontos positivos:

Bob Epic Team, que pra mim é melhor que o anime principal. Merecia algo à parte — nem que fosse um OVA ou especial. Gosto da abordagem mais curta, da escolha da animação e do timing mais certeiro das piadas;

Algumas histórias mais longas, como a de terror que aparece nos episódios finais. Gostei dos personagens e da forma como foi conduzida;

Os segmentos de culinária, que também são muito bons. Tenho uma queda por esse tema, então me agradaram bastante.
Entre os pontos negativos:
A já citada Popuko irritada em alguns momentos, o que compromete o humor;

Certas histórias que simplesmente não funcionam;

O final da temporada, que tentou criar um desfecho — ideia boa, mas mal executada;

O segmento Japon Mignon, apresentado pelo diretor e editor Thibaut Tresca, que era bem fraco. Não me refiro às cenas com as protagonistas, mas sim à participação do diretor. Entendo a proposta de mostrar um membro da equipe, mas ainda assim não funcionou pra mim.
Em contrapartida, isso se mescla a um bom ponto: a produção de Pop Team Epic é fantástica e repleta de liberdade criativa. Isso fica claro ao comparar com alguns capítulos do mangá (o que fiz antes de escrever esse post).

Os diferentes estilos de animação, as inúmeras referências, o uso das cores e, principalmente, a dublagem, chamam atenção. Há até uma cena mostrando os dubladores em ação, conversando com um membro da equipe, que é excelente.

Um fato curioso: apesar de terem 24 minutos, os episódios têm duas versões. A única diferença entre elas é a dublagem — uma com vozes femininas e outra com vozes masculinas. Eu prefiro a versão feminina e, em boa parte dos episódios, assisti só a primeira metade antes de passar para o seguinte.

Acredito que todos esses fatores devem ser levados em conta ao decidir se vale a pena assistir o anime. Eu, particularmente, acho que sim. Mas é importante ter em mente que haverá episódios ruins, e outros muito bons. Pop Team Epic é um anime com potencial, e tenho a expectativa de que a segunda temporada, que verei em breve, seja melhor.
Pode ser que seja a mesma coisa ou até pior? Sim. Mas vamos ver.